
Obviamente que aqui também entra o factor crescimento, visto que esse é o ponto fulcral para qualquer cenário macroeconómico.
Isto para os caçadores de gambozinos significa duas coisas:
1 – O cenário em grande parte da União Europeia está muito mau e tendo em conta as reduzidas perspectivas de crescimento em muitos países não se verá luz ao fundo do túnel tão depressa;
2 – Muitos políticos esqueceram-se dos princípios básicos da economia e hipotecaram tudo e todos para ganhar umas eleições de forma fácil.
Modelos económicos errados, muito facilitismo e falta de visão estratégica.
Mas a culpa também é dos povos europeus. Reparem que os Países Europeus mais desenvolvidos (bem posicionados no IDH), com níveis de educação mais altos e com sociedades civis fortes e com capacidade de intervenção são os que menos dificuldades enfrentam.
Se tivesse aqui um típico político Português, daqueles que faz contas de merceeiro (perdoem-me os merceeiros pela comparação com um político) diria que os EUA e o Japão estão muito piores. Obviamente iriam esquecer-se de comparar os modelos económicos, a capacidade de crescimento da economia e todos os aspectos que fazem com que a distância entre os EUA e a Europa seja maior que o Atlântico que nos separa (até me dói o coração de elogiar os EUA mas é a realidade económica). No caso do Japão, para além das dificuldades inerentes às recentes catástrofes naturais, ao modelo económico, capacidade de crescimento também temos uma diferença brutal a evidenciar que todos se esquecem: AS MENTALIDADES
Nunca mais me esquecerei de uma reportagem de um Telejornal que vi algures o ano passado. Entrevistaram um visitante Japonês numa conferência qualquer em Portugal sobre Economia em que lhe perguntaram a opinião sobre as diferenças entre Portugal e o Japão. O Senhor responde: “Bem lá não há graves como aqui, lá as pessoas reúnem e tentam chegar a um acordo, aqui não, aqui estão os patrões e os trabalhadores parecem que estão sempre todos zangados e não trabalham em conjunto”.
Eu sugiro ir a procurar deste senhor e oferecer-lhe o cargo de líder da CGTP e arranjar um igual para representante da AIP/confederações patronais e associações comerciais.
Bem em abono da verdade era melhor este senhor ir primeiro à Grécia e depois vir cá dar uma perninha!
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